Escapar de inconvenientes..

Depois de escrever acerca das maravilhas do mundo (mulheres), o incidente do Dá-me o telemóvel já! e o fígado que faz mal à bebida, chegou a hora de falar sobre um dos temas que dá o nome ao blog, a Medicina Veterinária.

Não vou entrar em grandes definições sobre o que é ser Veterinário [justamente porque ainda não sou um]. Deste modo se o leitor deste blog não faz idéia do que é um Veterinário, o que faz, e etc. Não sou eu quem o vai ajudar! Caso tenha dúvidas procure no Google made in Somália [http://www.pretog.com/] ...

O que venho falar hoje é uma constatação que tenho feito ultimamente e que, espero eu, não seja o único. É que quando estamos em qualquer lugar, pode ser numa festa, reunião familiar, entre amigos de outras faculdades, seja lá onde for, e alguém descobre ou sabe que somos alunos de Medicina Veterinária começa:
- Eu tenho um cão, blá blá blá...

Não que eu não goste de ouvir essas histórias! Já ri de muitas e aprendi muito com outras tantas, mas acho curiosa como reagem da mesma forma todas as pessoas. Creio que isto é resultado da imagem que as pessoas têm dos médicos veterinários [ou melhor, os futuros médicos veterinários]. Não os vêem como médicos e sim como pessoas que gostam tanto de animais que não se importam de ouvi-las a falar disso. Digo isto porque não consigo imaginar alguém a abordar um médico e dizer:

- O Sr. é médico? Interessante, de qual área?
- Sou proctologista.
- Ah...

Tenho certeza que é infalível, a conversa acaba.

Também sei que este problema não é exclusivo dos veterinários, e que ocorre em todas as profissões... mas na Veterinária é um carma, quem é veterinário sabe e quem é estudante e nunca passou, por isso de certeza vai passar...

Mas tenho alguns truques para ensinar aos meus colegas [e ao caro leitor também]:

Basta colocar a mão direita no peito... deixar o braço esquerdo espástico... encurvar-se para frente, abaixar a cabeça, dar um grito súbito [ou vários] e fingir desmaio... É verdade que se pode chamar a atenção dos que estão à sua volta (de todos aliás), mas a pessoa nunca mais toca no assunto.

Cumprimentos,

F. Varandas